O papel dos pais na vida cristã dos filhos!

Você já parou para pensar que tudo o que sabemos fazer hoje, só sabemos porque alguém nos ensinou?

Digo mais, além de alguém ter nos ensinado, nós IMITAMOS essa pessoa. A aprendizagem de todo ser humano acontece exatamente dessa forma: alguém que já aprendeu repassa o conhecimento e ensina, e a pessoa que ainda não sabe imita e coloca em prática o que ouviu para consolidar o que foi ensinado.

Esse princípio também se aplica à vida cristã. Mesmo que já sejamos adultos, sempre temos algo a aprender com o nosso Mestre Jesus e com sua preciosa Palavra. Aqui quero falar para pais e mães. Quero convidá-los a refletirem comigo sobre o trabalho mais importante de suas vidas: ensinar seus filhos a amarem ao Senhor e obedecerem à sua Palavra. Vamos então trabalhar com a palavra "DISCIPULADO". Mas qual o significado de discipulado? De forma bem simples, significa ensinar. E no que diz respeito ao discipulado cristão, significa ensinar alguém a seguir a Cristo.

Vamos ver o que o Senhor ordenou ao povo de Israel (que se aplica a nós que também somos seu povo) em

Deuteronômio 6.6-9, 20-25:

Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. (...) Quando teu filho, no futuro, te perguntar, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos, e juízos que o SENHOR, nosso Deus, vos ordenou? Então, dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó, no Egito; porém o SENHOR de lá nos tirou com poderosa mão. Aos nossos olhos fez o SENHOR sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito e contra Faraó e toda a sua casa; e dali nos tirou, para nos levar e nos dar a terra que sob juramento prometeu a nossos pais. O SENHOR nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o SENHOR, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje. Será por nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o SENHOR, nosso Deus, como nos tem ordenado.

A ordenança do Senhor foi bem clara quando ele disse que o povo deveria inculcar aos filhos, ensinar, e insistir, deixando à vista deles todas as ordenanças e leis dadas ao povo. Deveriam fazer isso e, no futuro, quando os filhos perguntassem o motivo, deveriam responder mostrando os grandes feitos do Senhor por eles e que deveriam obedecer, para que continuassem vendo o bem de Deus sobre suas vidas.

Como povo de Deus, nós pais, precisamos levar a sério essa ordenança. Pois a grande questão é que querendo ou não, percebendo ou não, nós estamos discipulando nossos filhos, seja para amar e temer ao Senhor, ou então para viver como se Ele não existisse. É algo forte, mas que precisa ser trazido ao nosso coração para mudarmos a rota enquanto é tempo, caso estejamos discipulando para o segundo motivo.

Vou deixar aqui duas situações hipotéticas, o primeiro caso reflete uma família onde os pais estão discipulando seus filhos para amarem e temerem ao Senhor. O segundo caso é uma família que discipula os filhos para viverem como se não existisse um Deus. Leia com atenção e reflita, qual desses dois casos você é.

Caso 1

Em uma cidade mora uma família de 5 pessoas, o pai, a mãe e 3 filhos. Todos os dias, ao acordarem, os filhos se reúnem aos pais para o café da manhã e antes de tudo, o pai conduz a família à oração para agradecerem pela noite, pelo descanso e pelo alimento há sobre a mesa. Depois do café, o pai sai para deixar as crianças na escola e ir trabalhar. Ao chegarem para o almoço, a família se reúne à mesa e mais uma vez agradece pelo alimento. O dia passa e algo comum para as crianças é encontrar sua mãe orando ou lendo a bíblia.

O dia dessa família não acaba enquanto não realizam o momento devocional de leitura, cânticos e oração. Para aquela família é fundamental irem à igreja cultuar ao Senhor e aprender de sua Palavra. Não são uma família perfeita, há dias em que as coisas ficam mais difíceis, mas aquelas crianças crescem entendendo que o Senhor governa a vida e a família deles.

Caso 2

Em uma cidade mora uma família de 5 pessoas, o pai, a mãe e 3 filhos. Todos os dias, ao acordarem, os filhos se reúnem aos pais para o café da manhã, aquele pai começa o dia e mal conversa com os filhos e com a esposa, muito menos com Deus. Está sempre preocupado em conseguir mais dinheiro para conseguir realizar o próximo projeto. Assim, após o café o pai sai para deixar as crianças na escola e ir trabalhar. Ao chegarem para o almoço, a família se reúne à mesa e mais uma vez, dessa vez precisam escutar a reclamação da mãe como o trabalho de casa não termina nunca, sempre tem mais louça para lavar, mais roupa para dobrar e mais sujeira para limpar.

É comum para as crianças verem os pais durante o dia olharem o celular várias e várias vezes seguidas, assistindo televisão ou jogando alguma coisa. Nunca ou quase nunca se lê a bíblia nessa casa e as crianças nem saberiam dizer exatamente quem é Jesus. Culto? Uma vez ao ano é suficiente, talvez na Páscoa ou no Natal. Para aquela família não há nenhuma necessidade de ir à igreja frequentemente. Vivem como se Deus não existisse e por isso essas crianças estão crescendo sem saber que precisam crer em alguém.

Então, qual das duas histórias se parece com a realidade de sua família? Qual pai e mãe você está sendo? O que de Deus seus filhos aprendem com você? É necessário refletirmos e ajustarmos o caminho que estamos seguindo caso estejamos sendo negligentes no discipulado cristão de nossos filhos.

Atividade: siga o líder!

Este é um jogo simples e divertido para pais e filhos, que promove a observação, a coordenação motora e a criatividade. Ainda, é uma forma divertida das crianças aprenderem na prática o princípio básico do discipulado, imitar a Cristo. O objetivo é que uma pessoa seja o "líder" e faça movimentos que os outros precisam imitar.

Como jogar:

Escolha o líder: Comece com um dos pais sendo o líder.
Imite o líder: O líder deve fazer uma série de movimentos, gestos ou sons. Os filhos devem observá-lo atentamente e tentar repetir exatamente o que ele fez.
Movimentos: Comecem com movimentos simples, como bater palmas, levantar os braços, pular num pé só ou fazer um som de animal. Aos poucos, aumente a dificuldade com sequências mais longas ou movimentos mais complexos.
Troca de vez: Após uma rodada, troquem o líder. Deixem as crianças serem o líder também, para que possam exercitar a criatividade e a liderança. Desta forma, a diversão é garantida para toda a família.

Variações para o jogo:

Imitação de animais: O líder imita um animal (o seu som, a forma como se movimenta) e os outros tentam adivinhar qual é o animal, enquanto o imitam.
Imitação de emoções: façam caretas para imitar diferentes emoções (alegria, tristeza, surpresa) e solicitem para os outros adivinharem qual é a emoção que está a ser representada.
Desafio de espelho: fiquem em frente um do outro, como se estivessem a olhar para um espelho, e um faz os movimentos que o outro, tenta imitar perfeitamente, como se fosse um reflexo.

Kathleen Custodio Vitória Kriger

Graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Neuropsicopedagogia Clínica.